domingo, 27 de novembro de 2011

Aquafalls – O Gerês merece



Começam a surgir cada vez mais hotéis de luxo ou de charme, na região Norte e interior de Portugal. A aposta parece fazer sentido, num país que apesar da sua dimensão, ainda oferece em algumas zonas, bonitas paisagens e uma tranquilidade de outros tempos.

O Gerês continua a ser sem dúvida um ex-líbris da beleza natural nacional, pelo que era de estranhar o facto da oferta hoteleira ser manifestamente insuficiente para desfrutar da paz local.

Congratulo os investidores do hotel Aquafalls, por criarem nesta zona, uma unidade em perfeita conformidade com a região. Um espaço de bem estar, enquadrado com a paisagem e que permite desfrutar o Gerês da melhor forma.

O hotel é composto por 22 suites e 2 quartos, distribuídos por 11 bungalows e pelo edifício principal, todos eles com bonitas vistas para a serra e rio. As suites são espaçosas, confortáveis e modernas, condizentes com a classificação do hotel, 5 estrelas.

Para além da natureza, o hotel ainda oferece, um spa com piscina interior, piscina exterior, minigolfe, parque infantil e um court de ténis O restaurante tem uma vista fenomenal para rio Cávado, que nos faz querer passar o dia a contemplá-la. De realçar ainda os jardins, muito bem cuidados e que marcam toda a parte exterior do hotel.


O único espaço que está um pouco abaixo dos standards do hotel, é o spa, não me refiro aos tratamentos, mas sim à zona lúdica, que conta apenas com uma piscina interior bonita, mas para a fotografia, sem qualquer tipo de “extra” (jactos, jacuzzi), um sauna a temperatura ambiente, um banho turco fraco de vapores e com acabamentos feios e um pequeno ginásio. Fica aquém das expectativas, para um spa Sisley, que já foi considerado pela revista Tatler, em 2009, um dos 101 melhores spas do mundo…

Independentemente do spa, estamos efectivamente num hotel bem pensado e com boas infra-estruturas, pena o preço começar nos 120€ por noite por quarto…

Nota de 4 em 5 para este hotel, prejudicado pelo spa e pelo preço pouco flexível. Mas que ainda assim vale a visita, da mesma forma que o Gerês merece um espaço destes.



domingo, 20 de novembro de 2011

Hotel de la Paix - Boa noite Siem Reap


Depois do artigo sobre Siem Reap, no Camboja, faltava falar do hotel ideal para ficarmos durante a nossa estadia por estas terras.

O Hotel de la Paix é sem dúvida um dos melhores hotéis de Siem Reap e provavelmente a melhor escolha.
O primeiro argumento que me ocorre referir quando falo deste hotel, é que há pessoas que sabem fazer hotéis, que quando projectam e pensam fazer um investimento deste tipo, não estão apenas preocupados em números, na quantidade de quartos que o hotel vai ter e no conceito, um gancho que lhes garanta uma boa ocupação média. Estão de facto preocupados em ter um projecto de qualidade, em que todos os pormenores contem, mesmo aqueles que possam não lhes dar um retorno directo.

Começando pela localização, o hotel está na zona mais central e com mais vida da cidade, a poucas dezenas de metros, temos as principais ruas de restaurantes e bares, para além dos principais mercados diurnos e nocturnos. Já os templos obrigam a deslocações sempre de carro ou outro meio de transporte, uma vez que estão fora das zonas habitacionais.

Mas apesar de estarmos no meio da acção, o hotel permite uma reclusão total, funcionando com retiro perfeito ao mini caos que por vezes se sente nas principais ruas da cidade, ou ao calor extremo que nos acompanha sempre.

Voltando aos pormenores, o hotel define-se exactamente pelo cuidado em não deixar nada ao acaso, a combinação entre o conforto dos quartos e das áreas comuns com os detalhes de cada recanto deste espaço, faz com que nos sintamos agradecidos por alguém ter construído, um local tão cuidado para nosso usufruto.

O hotel combina a modernidade com o exotismo local, sempre com um carácter requintado, os quartos são amplos e contam com todas as facilidades que podemos desejar, incluindo um sistema de som próprio com Ipod, ou a opção entre um duche ou uma banheira com um sistema de água tipo cascata.

Nas áreas comuns temos uma piscina construída de forma a termos em algumas zonas recantos privados, que nos dá a sensação de termos a piscina só para nós, um spa com óptimas condições e um restaurante com design moderno e extremamente agradável, onde podemos jantar em mesas suspensas.

O hotel já foi alvo de várias distinções, entre elas o melhor hotel do Camboja pela revista Travel & Leisure em Junho de 2010 e o 2º lugar na Gold List da Conde Nast Travel em Janeiro de 2011.

     

domingo, 13 de novembro de 2011

Siem Reap - Templos perdidos




Quem não viu o Indiana Jones - E o Templo Perdido... O meu primeiro contacto com o filme no cinema, tinha seis anos, valeu-me uma semana de noites mal dormidas, mas compensou, da mesma forma como compensaram as várias horas de avião até Siem Reap.

Mas o que nos faz viajar mais de 10 mil km, para ver uns templos perdidos no meio da selva, num país ainda traumatizado pelas mais recentes guerras, a resposta é quase tudo. Os templos são o que nos leva lá, mas esta viagem é muito mais do que os templos, são as pessoas, é a paisagem, é o calor extremo, a ruralidade quase feudal e por fim o contraste entre todas estas coisas e o luxo que também é possível ter nesta selva.

Siem Reap é dos destinos que mais cresce em todo o mundo, ano após ano, e chegar lá já não é assim tão difícil, as principais capitais asiáticas tem ligações directas e a oferta hoteleira é das melhores que podemos encontrar. Mesmo em termos de preço, é hoje possível com cerca de mil e poucos euros voarmos e dormirmos uns dias neste destino. Mas atenção ninguém faz 10 mil km só para vir para aqui, esta é sem dúvida uma viagem para cruzar com outro destino nas redondezas, até porque 3 ou 4 dias em Siem Reap, são suficientes para encher o cartão da máquina fotográfica.




Obrigatório durante a estadia é estarmos acompanhados por um guia, e neste capítulo temos 4 hipóteses, marcar numa agência de cá, marcar o guia directamente na internet (há inúmeras páginas de guias certificados a oferecer os seus serviços), marcar no hotel à chegada (opção que tomei e que resultou bem) e ainda sermos guiados pelo taxista que nos leva do aeroporto para o hotel. No caso de ir sem transferes, fica a saber o que o taxista vai fazer tudo para ser o seu guia durante a estadia, é uma hipótese como as outras, mas apesar de tudo a melhor solução é ir com um guia certificado.

Mas o que mais nos toca nesta viagem são as pessoas, é normal sentirmo-nos tocados por pessoas culturalmente diferentes quando viajamos, mas aqui a combinação das raízes culturais, com o trauma das guerras civis e o distanciamento das civilizações mais evoluídas, permite-nos contactar com pessoas com realidades muito diferentes da nossa e com uma forma de estar surpreendente.
O país vale também pelas paisagens, durante as visitas aos templos ou outras atracções locais, estamos em permanente contacto com fantásticas paisagens rurais.




Relativamente aos templos, a oferta é ampla, à que visitar obrigatoriamente o complexo de Angkor Wat, e sugiro ainda uma subida pelo rio Tonle Sap Lake e uma ida ao templo do "Indiana Jones", onde foram gravadas algumas cenas do Indiana Jones - E o Templo perdido.

Quanto ao local onde devemos dormir e aproveitar o luxo que este destino também nos reserva, fica para um próximo artigo, porque merece um espaço próprio.





domingo, 6 de novembro de 2011

The Chedi - Uma pérola em Muscat


Não é certamente o primeiro sítio que nos vem à cabeça quando pensamos numas férias de praia. Mas começam a surgir cada vez mais propostas de férias deste tipo, no Médio Oriente. Depois da explosão hoteleira no Dubai, novos destinos nascem por toda a Península Arábica. Omã é um dos que mais tem tentado seguir as pisadas do vizinho, tornando-se cada vez mais como destino alternativo de férias na região. Ali perto da capital de Omã, Muscat, surgiu já há alguns anos o hotel The Chedi. No meio de uma paisagem agreste e rodeado de montanhas áridas, este hotel foi concebido para ser um resort exclusivo de praia e de fácil acesso à cidade de Muscat.


O hotel pretende ser um espaço de tranquilidade e conforto, com acesso a uma praia privada, num cenário fora do comum. Pode servir também, como a base ideal para explorar as atracções mais próximas, como a grande mesquita de Omã ou o mercado de Muscat.

O The Chedi faz parte da cadeia GHM e já ganhou alguns prémios internacionais, nomeadamente, o prémio de excelência da revista Wine Spectator.